Sunday, March 06, 2005
Poema melancólico a não sei que mulher
Dei-te os dias. as horas e os minutos
Destes anos de vida que passaram;
Nos meus versos ficaram
Imagens que são máscaras anónimas
Do teu rosto proibido;
A fome insatisfeita que senti
Era de ti
Fome do instinto que não foi ouvido.
Agora retrocedo, leio os versos,
Conto as desilusões no rol do coração,
Recordo o pesadelo dos desejos,
Olho o deserto humano desolado,
E pergunto porquê, por que razão
Nas dunas do teu peito o vento passa
Sem tropessar na graça
Do mais leve sinal da minha mão ...
Miguel Torga (1907-1996)
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12 comments:
É sempre bom ler Miguel Torga. Textos intemporais. Beijos
Seja a que mulher for...é lindo...
http://peciscas.blogspot.com/
Estou a fazer Campanha...para o melhor Nick – concurso a decorrer no Peciscas
Votai em mim....please!!!..É uma campanha pobrezinha...mas olhai que uma concha azul não é todos os dias que se vê....
Jinho, BShell
Olá :)
Bem, parece que houve por aqui uma grande confusao :o)
Então é assim, o meu nome não é Claudia e o outro poema q publicaste não foi escrito por mim, só agora tive a ler o resto dos comentários e poemas q cá tens e a por tudo em dia :P
Cláudia é o nome da Poeta q escreveu esse poema.
No meu blog do Fragmentos, os poemas sao de poetas que eu selecciono e que em parte teem a ver com o que sinto, gosto e com o meu estado de espírito, faço a selecçao segundo isso.
O ultimo poema q leste de Mafalda Veiga, é uma letra duma música.
Conheces Mafalda Veiga, a cantora?
Pois é uma letra duma das suas músicas alias conforme tenho la indicado pois ponho sempre nos poemas a autoria de quem são, assim como se os tiver retirado dum outro blog. :)
Por isso estás a vontade para publicares, se assim o quiseres.
Bem parece q ja esclareci estes mal-entendidos, LOL ;o)
Adorei a tua escolha de Miguel Torga.
Beijos e continuacao de um bom fim de semana*
É sempre bom, ler Miguel Torga...
Deixo-te um, que gosto muito...
"Uns Versos Quaisquer
Vive um momento com saudade dele
Já ao vivê-lo . . .
Barcas vazias, sempre nos impele
Como a um solto cabelo
Um vento para longe, e não sabemos,
Ao viver, que sentimos ou queremos . . .
Demo-nos pois a consciência disto
Como de um lago
Posto em paisagens de torpor mortiço
Sob um céu ermo e vago,
E que nossa consciência de nós seja
Uma cousa que nada já deseja . . .
Assim idênticos à hora toda
Em seu pleno sabor,
Nossa vida será nossa anteboda:
Não nós, mas uma cor,
Um perfume, um meneio de arvoredo,
E a morte não virá nem tarde ou cedo . . .
Porque o que importa é que já nada importe . . .
Nada nos vale
Que se debruce sobre nós a Sorte,
Ou, tênue e longe, cale
Seus gestos . . . Tudo é o mesmo . . . Eis o momento . . .
Sejamo-lo . . . Pra quê o pensamento? . . . "
Poema de Fernando Pessoa
Uma boa tarde de domingo... ;-)
Está bem Conchinha, eu vou lá a esse "Pecisgas", ou lá o que é, votar em ti.
Lique, não sei porquê, mas o Miguel Torga meteu-me sempre uma espécie de respeito e daí não o ter lido muito.
"meialua", não percebi nada ... Vou ver o que está nos links.
Olá "menina", já estavas na lista negra, por não nos teres colocado nos links ...
Já está: substitui nos links "Cláudia" por "meia lua". É isso'
Estou a terminar a ronda...e tiu , Peter...suponho que estás a trabalhar (!!!!) LOLOLL
voltei....
Então não é que preciso outra vez de um votozito teu?
Em http://peciscas.blogspot.com/
Para melhor nick...
Ontem fugiram-me os assessores, hoje sumiu a caixa de votos...
PLEASE...
Jinho, BShell
BShell, fui lá agora depositar o meu voto. Estás mt bem colocada, com 21 votos!
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