Saturday, March 04, 2006
Amantes...
Dois amantes felizes fazem um só pão,
uma só gota de lua sobre a erva,
deixam andando duas sombras que se juntam,
deixam um único sol vazio numa cama.
De todas as verdades escolheram o dia:
não se ataram com fios, mas com um aroma,
e não despedaçaram a paz nem as palavras.
A alegria é uma torre transparente.
O ar, o vinho, vão com os dois amantes,
a noite dá-lhes as suas pétalas felizes,
têm direito aos cravos que apareçam.
Dois amantes felizes não têm fim nem morte,
nascem e morrem tanta vez enquanto vivem,
são eternos como é a natureza.
(Pablo Neruda)
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
8 comments:
Dois amantes são assim mesmo: Pabloo tinha toda a razão!
Grata pelas visitas e pelas tuas aáveis palavras!
Hoje...não estou bem....
Isto passa...espero....
beijos, BShell
gosto da eternidade de neruda
gostei de ler
jocas maradas
...nascem e vivem e morrem todos os dias a todas as horas, como a natureza.São esses os verdadeiros amantes.
Bjs
Belíssimo, esse poema de Neruda! Amantes felizes são eternos, de facto. Numa finita eternidade. :)
Beijos
Belíssimo poema...
Beijinhosss ***
Um poema com imagens belíssimas, incansável de se ler. Muito feliz este teu regresso com Neruda.
Um bjinho e uma flor
Pablo Neruda... e, o Amor... como se pode comentar, a não ser... ler e meditar?
"...Dois amantes felizes não têm fim nem morte,
nascem e morrem tanta vez enquanto vivem,
são eternos como é a natureza."
... eu gostava de ter escrito esta frase!
Um abraço carinhoso e desculpa a ausência...
concordo plenamente com Pablo Neruda... dois amantes felizes, são eternos, apesar de, na maioria das vezes, essa Eternidade ser como diz Vinícius "eterna enquanto dura..."
Um abraço da
Maria Mamede
Post a Comment