Contam, que certa vez ao chegar a casa, certo académico, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal. Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar os seus patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com os seus amados patos, gritou-lhe assim:
- Oh, bucéfalo anácroto! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo acto vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopeia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência do que o vulgo denomina por nada.
E o ladrão, confuso, diz: - Doutor, eu levo ou deixo os patos?
3 comments:
meu querido peter pan: sinto-me como o pilha-patos. ou o come sapos com penas. e a foto ilustra bem as notícias de última hora. que raio de destino o deste país... que raio. mas realmente o que me apetece dizer não é raio. é ... ( por respeito ao teu quintal abstenho-me)
ah! beijinhos.
Não sei Blimunda, não sei. Corremos com eles e era, para já, o que interessava. Não me quero repetir, por isso lê os meus comentários aos textos do Zé e da Lótus.Bj
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