
Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
(Alexandre O'Neill)
Foto:
“Le Baiser de l'Hotel de Ville”, Paris, 1950, Robert Doisneau.
5 comments:
Beijo-te com todo o carinho atribuido-te o prémio 7 Maravilhas
Agradeço-te aqui a nomeação!
Este é o poema perfeito para esta magnífica foto. A entrega destes dois jovens indiferentes ao bulicio que os rodeia.
Beijo
Uma excelente escolha, Peter. Às vezes chego a pensar que não existem mais palavras que nos beijem. Mas eu sei que elas existem, afinal, onde sempre estiveram. Dentro de nós. Beijos.
Gosto imenso deste poema
Vim visitar-te :-))
Passei em outro blog teu mas não deu para comentar :-(
Parabéns pelo teu trabalho,, tento acompanhar
Boa noite para ti
Beijos
Excelente.
Adorava beijar os teus lábios.
Pela primeira vez em toda a minha vida senti vontade descontrolável de beijar alguém...
Um simples beijo *
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