Thursday, February 24, 2005
Às vezes
Às vezes oiço morrer o silêncio –
é o mar que se afasta,
um ramo que partiu com
o insuportável peso
do mundo sobre o verde das suas
folhas, o silvo da lua
nova rasgando o chão das águas
estremunhadas, a rouca
respiração da casa
sufocada pelo glacial
ar das ruas, os passos de Abril
descendo os últimos degraus.
(Eugénio de Andrade)
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4 comments:
Belíssimo poema, este, que escolheste....e a imagem...maravilha! Uma delícia...
Hoje estou com uma terrível dor de cabeça, Peter...Acho que irei recolher aos meus aposentos mais cedo que o costume...
Jinho e carinho, BShell
Obrigado pelas palavras de incentivo e votos de boas melhoras.
Bj amigo*
Sim, estou melhor...mas aquilo ontem foi pior que a pior das enxaquecas, meu! Nunca tal me tinha acontecido. E dar aulas com a cabeça a querer estourar??? FOI UM INFERNO...
Mas hoje já não dói....hehehhe
Obrigada! Jinho, BShell
eu hoje estava a precisar de ler este poema. obrigada.
bjs
mariagomes
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