Alguém disse palácio para dizer mulher
ou a delícia de um nome que era desejo e mundo.
Um delicado navio rasgava o corpo na ausência
e morria na espuma de uns amorosos pés
da volúvel semelhança de uma estátua de veludo.
Era apenas um nome a abolição de um nome
descobrindo a primavera absoluta
com os ramos brancos de uma estrela
perfeita nos músculos da lâmpada.
No alto poderio das pernas no sumptuoso espelho
das ancas verdes cintilava o palácio
da adoração primeira com janelas de um navio
de sombra e de silêncio em que o oiro estremecia.
Opulenta pálpebra povoada
pelos frutos da água e de um fogo azul.
E se o nome morria na respiração do seio
a sua ferida era límpida e puro era o deserto.
(António Ramos Rosa)
4 comments:
Belo poema de Ramos Rosa...
Venho convidar-te a visitar o meu novo blog.É um blog que pretendo seja diferente, mas que continuará a ter a essência daquilo que sou...
http://meninamarota.blogspot.com/
O anterior (eternamenteMenina) continua... o primeiro amor não se esquece... vou ver é se não ficam com ciúmes um do outro, porque estou disposta a ficar com os dois... eheh
Um abraço e bom fim de semana ;-)
Ezcelente escolha...Uma pessoa "perde-se " aqui na leitura e na meditação...
Um jinho de fds e um mimo
BShell
menina_marota, já inclui o teu novo blog nos links do "conversas". Bom Domingo, que para mim ontem foi dia de trabalho.
BShell, eu não medito muito porque fico com dores de cabeça LOL
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