Thursday, November 20, 2008

O dia morre


O dia morre… E a terra escurecendo
diz ao céu que vele o nosso dormir,
e nossos olhos docemente adormecem a sorrir.

As estrelas começam a luzir
com a luz hesitante e mal segura
que pronuncia a noite que há-de vir.

É a voz do silêncio a murmurar
Palavras de sonho à natureza
Pelas vozes dos anjos a balbuciar.

E tudo dorme, tudo sonha docemente
Numa tranquilidade indefinida.
A alma, o corpo, sonham… calmamente.

Vem muito longe a luz da madrugada,
e as estrelas, como visões deslumbrantes,
são pontos distantes na noite sossegada.

(Otília Martel, in “Menina Marota – um desnudar de alma”. Foto da “filhota”)

12 comments:

antonio ganhão said...

Apagam-se umas luzes, acendem-se outras, o sonho persiste.

Menina Marota said...

Muito grata pela referência, que me comoveu.
Já aqui tinha estado para comentar, mas não tinha conseguido, não sei se pelo meu pc que logo a seguir crashou, se por outro motivo.

Muito bonita a conjugação imagem/poema, gostei muito ;))))

Um grande beijo

Ah... e muito sucesso para o que sabes... ;)))

Dalaila said...

quando se deita o dia, e morre a luz aparecerá sempre outra a luz que renasce e nos acorda

tulipa said...

Não há nada mais fascinante e cativante do que conhecer in loco novas culturas.
Assim o fiz mais uma vez.
Sou uma privilegiada, Deus tem sido meu Amigo por me proporcionar momentos tão magníficos.
Consegui realizar mais um sonho na minha vida.

Noutras áreas a coisa não corre muito bem, mas a Esperança é a última a morrer, continuo diariamente na luta por aquilo que quero, hei-de conseguir.

Beijinhos.
Boa semana.

Também regresso HOJE depois de 12 dias ausente.

GS said...

... lindo o poema, linda a foto!

E linda a postura de prestar homenagem a quem se gosta!

Um beijo,

... não sei o quê, mas espero que tudo corra bem!

C Valente said...

Muito bonito este poema
Saudações amigas

C Valente said...

Muito bonito este poema
Saudações amigas

Leonor C.. said...

Bonito poema.

Passei para desjar um bom fim de semana!

HOJE E AMANHÃ

Anonymous said...

Um singelo poema eu definiria, meu caro Peter. Versos simples, com uma sensação de pureza que se nos transmuda em doçura, se me expressei bem.
Abraço,
Rodrigo

Anonymous said...

Singelo poema, meu caro. De versos simples que tocam-nos com uma sensação de pureza, se me expressei bem.
Abraço,
Rodrigo

Amita said...

Um dos belos poemas do livro da Otília que adorei aqui reler. Uma imagem excelente a acompanhá-lo.

Um bjinho e uma flor para ambos


Agora que os pimpolhos me deixaram após este fim-de-semana prolongado, vou regressando aos sítios da minha saudade.

Paula Raposo said...

E a Otília também escreve lindamente!! Bonitas escolhas. Beijos.