Rangia entre nós dois a música da areia
como se fosse Agosto a dedilhar um sistro
Agora está fechada a casa onde te amei
onde à noite uma vez devagar te despiste
Floresça o clavicórdio em pleno mês de Outubro
Na harpa de Setembro entrelaçou-se a vinha
A que vem de repente entre os dois este muro
feito de solidão de sal de marés vivas
Podia conjurar-se a que não me esquecesses
Mas é longe do Mar que os navios são tristes
De que serve o convés com a sombra das rede
Quiz a tua nudez. Não quis que te despisses
- David Mourão-Ferreira, "Música de cama"
- Foto Peter
como se fosse Agosto a dedilhar um sistro
Agora está fechada a casa onde te amei
onde à noite uma vez devagar te despiste
Floresça o clavicórdio em pleno mês de Outubro
Na harpa de Setembro entrelaçou-se a vinha
A que vem de repente entre os dois este muro
feito de solidão de sal de marés vivas
Podia conjurar-se a que não me esquecesses
Mas é longe do Mar que os navios são tristes
De que serve o convés com a sombra das rede
Quiz a tua nudez. Não quis que te despisses
- David Mourão-Ferreira, "Música de cama"
- Foto Peter
4 comments:
Este poema é sublime.
Bom resto de semana, abraço.
Faço minhas as palavras do Nilson. É sublime...a tua foto é muito bonita mesmo. Beijos.
muito giro...
não voltes é a por essas fotos tenho o mar a mais de 200km isso é cueldade ta?1lol
beijinhos
Bom fim de semana
Um livro fabuloso este!
Não sei quantas vezes já o li...
Bj ;)
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